A tuberculose laringea é a doença granulomatosa mais frequente desse órgão. Em geral, as lesões laringeas são secundárias à tuberculose pulmonar, ou seja, o paciente começa com acometimento nos pulmões que acabam se extendendo para a laringe e também faringe (garganta) em alguns casos.
Os sintomas gerais que predominam são emagrecimento, febre baixa, tosse produtiva (pode haver sangue no escarro), fraqueza e sudorese noturna.
Na laringe, o acometimento pela tuberculose em geral se manifesta como rouquidão persistente; outros sintomas incluem dor de garganta e dificuldade de se alimentar (disfagia).
Nesses casos, um exame da laringe – laringoscopia – se faz necessário e encontramos vermelhidão, edema, ulcerações e tecido de granulação acometendo diversas regiões da laringe, como a epiglote e principalmente as cordas vocais.
Devido a seu aspecto ao exame de laringoscopia, normalmente é necessária a realização de biópsia das lesões encontradas, visando descartar outras doenças graves, como o câncer de laringe. Uma radiografia de tórax sempre é feita para buscar possível acometimento pulmonar, além da realização de baciloscopias.
O tratamento consiste em uso de medicações antituberculinicas por no mínimo seis meses, suporte clínico e acompanhamento com pneumologista. Reabilitação da voz com fonoterapia é uma alternativa importante para os pacientes submetidos ao tratamento para atenuar as sequelas que a doença traz para as cordas vocais.
Dessa forma, casos de rouquidão persistente associada a perda de peso,
Dor de garganta importante e dificuldade de se alimentar devem alertar para a possibilidade de tuberculose laringea e uma avaliação com otorrinolaringologista é fundamental para seu diagnóstico e tratamento corretos.
Dr. Diego Guzman
Otorrinolaringologista – Membro do Corpo Clínico NOOBA
CRM-BA: 27211 | RQE: 17686