A cada 10 mil crianças nascidas, vinte possuem problemas auditivos. Estudos mostram que a deficiência auditiva é a doença mais frequente no período neonatal, superando, inclusive, as patologias encontradas pelo teste do pezinho.
O “teste da orelhinha”, também conhecido como Triagem Auditiva Neonatal ou emissões otoacústicas, é o primeiro exame que o recém-nascido deve fazer para avaliarmos sua audição. Além de ser um procedimento rápido, indolor e que não tem contraindicação, é muito importante para descartarmos alterações auditivas que podem comprometer o desenvolvimento do seu bebê, e se identificadas, realizar os devidos encaminhamentos para que o tratamento seja iniciado precocemente.
Deve ser realizado após o nascimento, de preferência antes da alta hospitalar, e, no máximo, até o primeiro mês de vida. Através dele, podemos verificar, de forma rápida, a integridade das células ciliadas externas, responsáveis pela captação primária e transmissão elétrica da informação sonora dentro do ouvido interno (cóclea). Consiste na colocação de um fone no conduto auditivo do bebê, que emitirá sons e captará o registro do funcionamento destas células.
Nesse período de pandemia, redobramos os cuidados e adaptamos nossos protocolos de atendimento, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Conselho Federal de Fonoaudiologia, para que seu bebê seja examinado de forma segura:
- Agendamentos realizados para os primeiros horários;
- Marcação de horários otimizada para evitar aglomerações;
- Equipe treinada e paramentada com EPIs adequados;
- Clínica com protocolos rígidos de higienização;
- Recepção setorizada de acordo com o perfil do paciente priorizando a segurança dos grupos de risco.
Diagnósticos realizados entre os 6 e os 24 meses já são considerados tardios e trazem grandes prejuízos para o desenvolvimento da criança, pois ocorre a perda do período crítico para aprendizagem da linguagem – que tem sua plasticidade máxima entre o nascimento e os 6 meses de vida. Isso dificulta o desenvolvimento global da criança, prejudicando sua evolução cognitiva. Por isso, não deixe para depois! Agende a triagem auditiva do seu bebê e cuide da audição do seu filho!
Weslen Bernardo Correia
Fonoaudiólogo – membro do Corpo Clínico NOOBA
CRFa 12505/BA